Eu sempre ouvi duas frases na minha infância: “Estuda, é a única forma de sair da pobreza” e “Junte dinheiro”. Filha de mãe solteira e criada na casa dos avós, aprendi desde cedo a “me virar sozinha” e que a minha independência viria dos estudos.

Segui o conselho. Ganhei uma bolsa integral para Química Industrial na PUCRS, a faculdade dos meus sonhos. Mas o sonho de me tornar pesquisadora parou na realidade financeira: eu não tinha como sobreviver durante um mestrado com uma bolsa parcial, sem poder trabalhar. Tive que abrir mão, o que dói até hoje, mas me forçou a ser pragmática.

A minha segunda faculdade, Análise de Sistemas, não foi por amor, foi por necessidade. Eu precisava de um retorno financeiro rápido. Dividindo um computador com meu namorado e estudando de madrugada com cursos gratuitos no YouTube, eu estava determinada a fazer dar certo.

O meu “ponto de virada” não foi técnico, foi de mentalidade. Eu era boa, mas precisava aprender a “saber me vender”.

Foi com essa nova atitude que entrei na CWI. Prometi automação e entreguei um projeto 100% automatizado em uma semana. Em 6 meses, estava num time 100% automação; em 1 ano, era a primeira QA num time ágil, recebendo promoções e aumento. Na Softplan, usei a mesma estratégia: aprendi um framework novo em 24h para a prova técnica, me vendi na entrevista e dobrei meu salário. Lá, me tornei Líder Técnica e Gestora de Equipe.

Em paralelo, comecei a partilhar esta jornada no YouTube e LinkedIn. Fundei o Qualiters Club, que hoje forma mais de 8.000 alunos pelo mundo.

E o que era um “hobby” tornou-se o meu maior ativo: a minha oportunidade atual como Stack Lead na Zig.fun surgiu 100% através da minha criação de conteúdo e do networking que ela gerou.

Minha carreira é a prova viva de que a técnica (hard skill) e a comunicação (saber vender seu valor) são as chaves da aceleração.

Como tua mentora, estou aqui para te entregar este mapa. Vamos juntos?`